Alopecia androgenética (Calvície)
A alopecia androgênica ou calvície é uma "queda dos cabelos", que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. A herança genética pode vir do lado paterno ou materno.
A alopecia androgênica é resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos, cuja produção já começa na adolescência. A testosterona (hormônio masculino) sofre a ação de uma enzima chamada 5-alfa-redutase e é transformada em dihidrotestosterona (DHT). É a DHT que age nos folículos pilosos promovendo um processo de miniaturização dos fios e a diminuição progressiva do ciclo de crescimento dos cabelos, ou seja, o cabelo se torna menor, mais fino e dura menos do que deveria (normalmente o cabelo tem a duração de 2 a 5 anos). O resultado final deste processo de diminuição e afinamento dos fios de cabelo é a calvície.
Manifestações clínicas:
A característica principal é uma queda crônica e continuada dos cabelos, que são substituídos por fios cada vez mais finos e menores até a interrupção do crescimento e levando à rarefação dos cabelos. Na calvície masculina, caracteristicamente há um afastamento da linha de implantação do cabelo para trás e na sua progressão caracteriza-se pela ausência de cabelos na parte superior e frontal da cabeça, poupando as áreas laterais e posterior.
As mulheres também podem ser atingidas e apresentam rarefação e afinamento mais difuso dos cabelos. A queda de cabelo pode ser agravada por outros fatores como pós-parto, menopausa, anemia, alterações da tireoide, medicações, estresse, etc.
Tratamento:
O tratamento visa o prolongamento da vida útil dos folículos pilosos retardando ou interrompendo o processo de queda dos cabelos. Pode ser feito através do uso de substâncias aplicadas diretamente no couro cabeludo ou de medicamentos por via oral. A finasterida revolucionou o tratamento da alopecia androgênica, pois bloqueia a ação da enzima 5-alfa-redutase, que dá origem à DHT.
A medicação reverte o processo de miniaturização dos cabelos e tem eficácia no controle da queda na maioria dos pacientes, mas seu uso está mais indicado para a alopecia masculina. No caso das mulheres, produtos que diminuem a ação dos hormônios androgênicos sobre os cabelos também são uma opção de tratamento. A indicação do melhor tratamento vai depender de cada caso, devendo ser feita por um médico dermatologista, pois o quadro clínico varia muito de paciente para paciente.
Atualmente todos os tratamentos disponíveis são para preservar o cabelo existente, portanto fazendo o diagnóstico precoce podemos preservar mais cabelos.