Doenças do suor
Bromidrose
É quando o suor apresenta um cheiro desagradável. Pode ocorrer nas axilas ou nos pés. O suor não tem cheiro e o que causa isto são as bactérias presentes nestas regiões. Nos pés pode haver maceração (aspecto esbranquiçado da pele) ou descamação da pele.
Para diminuir a população bacteriana e assim evitar a bromidrose, as orientações abaixo devem ser seguidas:
• Lavar os locais afetados, ensaboando bem e dando preferência a sabonetes antissépticos;
• Secar bem a pele após o banho, especialmente entre os dedos dos pés;
• Trocar as roupas e as meias diariamente;
• Dar preferência a roupas de algodão e evitar as roupas sintéticas;
• Preferir calçados abertos;
• Colocar os calçados no sol esporadicamente e mantê-los limpos;
• Evitar deixar a pele úmida por muito tempo;
Há também produtos sob a forma de talcos, sprays ou cremes contendo antibióticos e outras substâncias, que dificultam o crescimento das bactérias. Quando o excesso de suor, a hiperidrose, está associada a bromidrose devemos usar substâncias antitranspirantes. Para a indicação do produto mais adequado, deve-se procurar o médico dermatologista.
Hiperidrose
É a produção excessiva de suor pelas glândulas sudoríparas. Entre suas causas estão os estímulos emocionais ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura, pois a sudorese está diretamente ligada ao controle da temperatura corporal. Além disso, algumas doenças metabólicas ou lesões neurológicas também podem dar origem ao quadro. As áreas mais atingidas são as axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, região inguinal e perineal, com grande eliminação de suor, que não tem cheiro desagradável. Quando a sudorese é desencadeada por estímulos emocionais ela atinge mais as palmas e as plantas dos pés e o incômodo causado pela sudorese pode trazer ainda mais tensão ao paciente, piorando seu quadro. Já quando a sudorese excessiva surge durante exercícios físicos ou devido ao calor, a hiperidrose costuma ser generalizada e não tem relação com situações de estresse emocional.
Tratamento:
É feito com medicações de uso tópico que visam diminuir a sudorese ou através da utilização de aparelhos para iontoforese. A toxina botulínica também é uma boa opção terapêutica, pois interrompe a sudorese na área tratada por períodos que variam entre 6 a 8 meses. Já os casos graves de hiperidrose axilar podem ser tratados cirurgicamente, com a remoção das glândulas sudoríparas ou através da simpatectomia, quando os nervos responsáveis pelo estímulo à sudorese são cortados.
Botox® para transpiração excessiva
A toxina botulínica tipo A (Botox®) atua impedindo a liberação temporária da acetilcolina e como consequência a produção do suor. A substância é aplicada através de injeções na pele da região axilar ou das palmas das mãos, com intervalos de cerca de 1 a 2 cm entre cada ponto de aplicação.
O efeito máximo ocorre em cerca de 2 semanas e o tratamento apresenta boa eficácia, com interrupção da sudorese na área tratada. A duração do efeito pode chegar até a 8 meses, quando é necessário reaplicar a toxina. Em relação a efeitos adversos, na região axilar, eles praticamente não ocorrem já nas palmas das mãos, os principais inconvenientes são o fato de a aplicação ser bastante dolorosa e a possibilidade de ocorrer diminuição da força muscular das mãos.