Nevos
Os dermatologistas chamam de nevos o que popularmente conhecemos como “pintas” ou “sinais”. Os nevos podem ter vários aspectos, variando de cor e tamanho em cada pessoa. Geralmente são marrons e aparecem em qualquer lugar do corpo. Cada nevo tem o seu padrão de desenvolvimento; com o tempo, podem crescer e apresentar pelos no local.
Normalmente os nevos aparecem até os 20 anos de idade. No entanto, a exposição solar está diretamente ligada ao seu aparecimento no corpo. Quanto maior a exposição ao sol, maior o número de sinais. E quanto maior o número de queimaduras na pele decorrentes da exposição solar, maior o risco de se desenvolver um câncer de pele. Por isso, as pessoas de pele clara ou ruivas devem ter cuidado redobrado. Todas as mudanças nos nevos devem ser observadas e mostradas a um dermatologista.
As pessoas que têm mais de 100 nevos na pele têm maior risco de desenvolver o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Os nevos congênitos são aqueles presentes no corpo quando nascemos – 1 em cada 100 pessoas têm nevos congênitos. Essas pessoas também têm maior predisposição de desenvolver o melanoma. Por isso, as mães devem observar seus bebês e protegerem adequadamente sua pele do sol.
A maioria dos nevos é benigna, mas os que apresentam alterações devem ser retirados para evitar complicações futuras. Os nevos maiores e/ou com formas irregulares e/ou variações de marrom são considerados, às vezes, nevos atípicos e estes têm maior risco de se transformar em um câncer de pele.
Há um aparelho chamado dermatoscópio que o dermatologista usa para examinar as pintas. Ele ajuda na análise das pintas e se há a necessidade de retirá-las.
Avaliamos o nevo pela regra do ABCDE:
A - Assimetria – a metade da pinta é diferente da outra metade
B - Borda irregular – os limites da pinta são tortuosos ou irregulares
C - Cor heterogênea – tem várias tonalidades ou mais de duas cores
D - Dimensão – maior que 6 mm
E - Evolução – ou seja, a pinta cresceu, sangrou ou está coçando
Nem todo o sinal escuro da pele apresenta algum risco de ser ou se tornar um câncer de pele, a grande maioria dos sinais são benignos e sofrem mudanças no tamanho e no aspecto, que representam processos evolutivos naturais e benignos.
O diagnóstico e a monitorização feita pelo dermatologista é essencial para fazer esta diferenciação e para perceber, a tempo, qualquer alteração maligna. O número de casos de câncer de pele está aumentando a cada ano, uma vez que os raios solares estão cada vez mais agressivos. É importante o controle e acompanhamento de suas pintas e manchas de pele regularmente.